quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Before the Storm - ''As long as you love me (part 2: the end)''


P.O.V Justin

deixe sua mensagem após o sinal a voz dessa mulher estava irritando. Era a vigésima e uma vez que eu ligava para a casa de Miley e ela não atendia. Não atendia ás minhas ligações. O que eu tinha feito a ela? será que ela soube que eu tinha ido a casa dela durante a tarde?
Ido a sua casa... fazia algumas horas. E desde que cheguei estou jogado na minha cama. Pensando. Pensando em Miley. Pensando em nós. Ok, isso soou meio gay. Mas é a realidade e isso já está me deixa parecendo um idiota melancólico.
Eu não sabia o que fazia. Se voltava para sua casa e conversaria com seu pai novamente. Mas seria totalmente inútil duas vezes mais. Ou fugiria... fugiria com ela. Para algum lugar. Algum só nosso. Aonde não tenha ninguém para nos atrapalhar. Mas como eu conseguiria? como eu conseguiria se falar com Miley já está difícil, imagine fugir.

– Eu vou até lá! - disse confiante de que vou conseguir.

Peguei o meu casaco de couro preto, que se encontrava jogado no chão, e desci praticamente pulando da escada. Peguei minha Ferrari branca. Logo jogando meu Iphone no banco de trás e dei a primeira partida.
Respirei fundo. Se eu não estava fazendo o errado, eu não sei. Mas naquele momento todos os momentos que passamos juntos passavam por minha cabeça.

 Você por aqui, novatinha? - puxei Miley pela cintura, fazendo a mesma ficar a centímetros de mim.

Miley estava extramamente sexy e eu adorava isso.

Qual é idiota, me deixa. Eu já disse. Me deixa.

 Eu não vou te largar até te beijar. 

– Justin, me solta! seu maluco! eu vou cair. - gritava Miley. A peguei encaixando suas pernas em volta de minha cintura e a rodei.  Justin, meu Deus. Estamos no ponto mais alto de New York e se eu cair daqui de cima, eu te mato.

– Como você ia me matar sendo que estaria caindo?

 Você me deixaria cair?  seu sorriso se desmanchou e eu odiava isso. Eu vivia por um sorriso seu. Pois é, depois de alguns meses para cá, tudo mudou. Eu vivia por um sorriso dessa garota. Da minha garota.

 Nunca.

– Promete?

Sua voz manhosa me fazia ficar bobo e isso irritava.  Tudo que ela fazia me fazia parecer um bobo apaixonado. Eu sou um bobo apaixonado.

 Prometo.  e depois eu não queria saber de mais nada. A beijei como se fóssemos morrer. Morrer jovens.  

– Me diz. Porque está assim?  passei minha mão por sua bochecha macia a fazendo sorrir fraco. Eu odiava isso. A ver triste.

 Assim como? eu estou bem! Muito bem!

 Não mente para mim. Não faz isso. O que ouve, meu anjo?

Eu sabia que esse era o seu ponto fraco. Amolece demais com apenas alguns apelidos carinhosos.

 Eu estou com medo, Justin. Medo do meu pai. Uma hora ele vai descobrir tudo e vai nos separar. De algum jeito ele vai conseguir nos separar. Talvez para sempre ou não. Justin, não deixa isso acontecer. Eu não queria ficar longe de você. Por favor. - então foi quando vi Miley chorar. Não. Não. Isso não.

 Ei, não chora! seu pai não vai descobrir. E se descobrir, vai ficar tudo bem. Porque eu vou estar aqui com você, ele deixando ou não. Além das circunstâncias, eu sempre vou estar aqui com você. Sempre. 

Isso tinha acontecido alguns dias atrás. Isso me deixa totalmente quebrado. Eu não sabia o que fazer ao vê-lá assim.

 O que você fez comigo, garota? o que? - disse a mim mesmo esmurrando o volante com toda minha força.

Escutei meu iphone tocar, mas o deixei. Não estava com vontade de parar o carro e atende-lô. Não nesse estado.
Avistei a casa da minha garota no fim na avenida. Era a hora. Parei o carro e desci em um flash.
No jardim de sua casa tinha várias árvores até chegar na janela de seu quarto. O que daria para fazer sem entrar pela porta da frente, seria entrar pela janela. E era isso o que eu vou fazer.
Subi na primeira árvore, a segunda, a terceira e por fim, a quarta. Pulei a sacada e a vi encolhida na cama. Abraçando seus próprios braços. O que eu faria para chamar sua atenção sem fazer barulho?
Chamei por seu nome e Miley logo olhou em minha direção.
.
 Justin? o que você faz aqui?  abriu a porta para mim.

Minha reação foi abraça-la com todas as minhas forças. Beijei o topo de sua cabeça e respirei fundo.

 Foge comigo.


– O que?  levantou a cabeça. Assim vi seus olhos azuis esverdeados vermelhos e tristes.

– Foge comigo. Vamos sair daqui. Eu posso falar com meu pai para ele nos dar a casa que ele tem em Los Angeles e podemos criar nossa própria vida. Só nós. E mais ninguém para interferir.

–  Tem certeza disso?

 Absoluta.

 Tudo bem, vamos logo. Antes que meu pai chegue.

Sorri mais largo impossível.

– Mas e minhas roupas?


 Eu posso te comprar um shopping inteiro. Não estresse com isso.

 Bobo até nessas horas.  entrelaçou nossos dedos e descemos as escadas.

 Seu pai não está aqui?

 Não. Está na empresa trabalhando.

 Então subir nessas imensas árvores foi tempo perdido?

Ouvir sua risada gostosa agora foi o que eu mais precisava. Mesmo. E eu estou parecendo um completo gayzinho apaixonado.

Abri a porta para Miley e dei a volta no carro, entrando no mesmo.

 Tem certeza de que quer fazer isso?

 Sim.  mordeu os lábios e me deu um selinho.


Quando liguei meu carro vi uma luz quase me cegando em nossa direção.
Era o pai de Miley.

 J-Justin, é meu pai.

 Calma. Fique aqui dentro do carro. Não sai daqui por nada.

Pelo canto dos olhos a vi assentir. Sai do carro, batendo a porta do carro com força.
Encarei Steve totalmente sério e soltando fúria. Quando eu iria dar a minha primeira fala, levei um soco em minha boca me fazendo agachar no chão. Mas mesmo assim me levantei e o encarei novamente. E foi a pior coisa que fiz. Steve jogou em minha barriga me fazendo bater na lataria do carro. Conseguir ouvir os gritos de Miley e a porta ser batida.

– Justin, olha para mim.  pegou em meu rosto e tirou um pouco de sangue.

 Eu mandei você ficar no carro. – disse depois gemi de dor. 

– Vou não ficar te observando.


Quando iria responde-lá, Steve me pegou pelo braço e jogou no chão me chutando. Cuspi sangue e mais sangue. Eu não iria aguentar.

 Pai, para. Para. Por favor. Não faz isso.
 
Escutei Miley chorar e berrar para seu pai antes de perder a consciência.

A última coisa que vi foi Miley tentando chegar perto de mim, mas foi impedida.
E perdi totalmente a consciência.

P.O.V Miley

Uma semana havia se passado. Uma semana que eu não via Justin, não falava com ele.  Uma semana que eu não falava com meu pai. Uma semana que não saía do quarto. Uma semava que não falava, não comia, só bebia água. Era o sufiente. Eu não queria olhar na cara do meu pai.

– Miley, Steve que falar contigo. - Tish entrou no quarto.


 Mas eu não quero.

 Por favor, tente. Tente por ele. Steve está totalmente acabado.

 Não foi ele que chorou por noites inteirinhas.

 Você ama este garoto, não é?


Apontou para meu iphone que estava pulsado pela luz e tinha a foto minha e de Justin no Central Park.

 Muito. Tish, você não tem noção. Eu o odiava. Muito. Mas esse ódio virou amor e agora eu estou aqui, sofrendo. Sem poder ver Justin, sem falar com ele.

 Tudo vai dar certo, ok?  sorriu  Demetria está aqui. Quer dizer, Demi.

Ri junto a ela. Só para descontrair.

– Pode mandar subir.

Me joguei de costas na cama e fiquei observando o teto até a Demi subir.

 Ei gatinha...

Ouvi sua voz calma e sorri.

 Ei.  tentei dar um sorriso verdadeiro, mas não deu certo.

 Como você está?  sentou na cama e me abraçou forte. Quase me esmagando.

 Como você acha?

 Não fica assim, Miley. Justin não gostaria de te ver assim.

– Justin nem deve lembrar de mim. Não depois  daquilo. Deve ter desistido de mim.

 Desistido de você? esquecido de você? Miley, acho que ficar trancada no quarto afetou a sua mente.

 Só falei a realidade.


 Você está ficando maluca. Muito maluca.  deu risada e eu a encarei séria  Justin está acabado. Totalmente. Sei que não é uma boa notícia de se receber, mas é a real. Eu andei falando com Justin e ele disse para você não ficar deste jeito. Que tudo vai ficar bem.

 Você falou com ele? - Dei praticamente um pulo da cama e a encarei.

 Falei, bela adormecida. Justin queria vir aqui novamente.

Que tipo de droga ele ingeriu? não deixa. Demi, se o Justin vir aqui vai ser pior.

 Pode ser bom. Você não quer ve-lô? essa é a chance.

 Deixa a poeira abaixar.

 A poeira já abaixou, querida.

 Tudo bem... manda Justin vir então.

[...]

Tinha acabado de tomar um banho. Coloquei um shorts, uma camiseta que parecia mais um vestido do que camiseta. Desci as escadas e dei de cara com a última pessoa que queria ver. 

– Bom dia... Miley sorriso. – Disse meu pai tentando me alegrar com o apelido que ele costumava me chamar. 


– Está vendo algum sorriso aqui? não? então beleza! – Passei por Tish a cumprimentando e me, literalmente, me joguei no sofá. Fazia um tempo que eu não deitava ali que até estranhei. 



Me distrai vendo Pretty Little Liars e não dei conta da campainha ter sido tocada. 

– Miley, você poderia atender para mim? estou com a mão toda suja de massa de bolo. 

– Tudo bem. Posso fazer esse sacrifício. 

Abri a porta e dei de cara com o Justin de cabeça baixada. Não acreditando que ele viria mesmo chamei sua atenção, se não iria ficar até o dia terminar de cabeça baixa. 

– Ahn... Justin? 

Foi então que Justin levantou sua cabeça e eu finalmente vi seu sorriso. Aquele sorriso... sentia falta disso. Muito. Seu rosto não estava machucado. Ainda bem. Estava parecendo como uma de bebê, irônico porque levou uma surra e está assim... parecendo um anjo. 

– Eu senti sua falta... – Fechei a porta atrás de mim e me joguei nos seus braços. Coloquei minha cabeça na curvatura de seu pescoço inalando todo seu cheiro. Aquele doce cheiro. Isso me viciava. Justin apertou seu corpo contra o meu fazendo nos ficar mais grudados do que estávamos. O que eu achei que não era possível. – Você não tem noção de como eu senti sua falta... 

– Eu também senti sua falta, Justin. – Não consegui segurar e comecei a chorar. Odeio ser sentimental, odeio chorar e odeio mais ainda na frente dele. – Me desculpe Justin. Meu pai foi um completo estúpido e... 

– Para. A culpa não é sua. 

Justin me fez olhar para o seu rosto e sorriu. Me fazendo sorrir igual uma boba. Era incrível esse poder que ele tinha contra mim. Como se me dominasse. 

– Vai dar tudo certo. – Sorriu. – Agora vamos. Precisamos encarar isso... juntos. 

Justin enlaçou suas mãos com as minhas e entramos dentro de casa. Procurei por meu pai e ele nos encarava sentado na mesa. 

– O que você faz aqui? não viu o estado que você deixou minha filha? 

– Pai, pare de ser infantil. Não foi Justin que me deixou assim, e sim você. Olha que legal, meu próprio pai. – Dei um sorriso debochado e Justin segurou o riso do meu lado, mas voltou ao normal. 

– Eu disse que não iria desistir dela. Eu a amo. Muito. Aquilo que eu fiz aquele dia não foi nem um terço o que eu faria por ela.

Sorri abobalhada.

– Agora realmente percebo que julguei uma coisa que não existia e você não desistiu mesmo... 

– Então... – Disse esperando uma resposta positiva. 

– O coração de Miley está totalmente entregue a você. – Steve sorriu e subiu as escadas.

Coloquei a mão na boca e juro que se o Justin não estivesse do meu lado, já estaria caída no chão. 

– Justin, eu não acredito. Conseguimos. 

– Eu disse que daria tudo certo. – Me selou. 

– Huh, que nojo. Porque vocês não vão para o quarto? é bem ali no corredor. – Tyler disse todo nojentinho e saiu da sala. Dei minha língua a ele. 

Encarei os olhos cor de mel do Justin, do meu Justin, do meu garoto e quase me perdi. Observei o passar a língua pelos lábios os umedecendo. Coloquei minhas mãos em volta de seu pescoço e o beijei. Um beijo cheio de emoções que não daria para descrever. O beijei com toda vontade do mundo. Como se o mundo fosse acabar ali mesmo e seria apenas eu e ele. Naquele momento não pensei em nada. Só em nós dois. Justin me apertou mais contra seu corpo dando a entender que queria mais e não iria me soltar tão cedo. Sem mais fôlego da parte dos dois me afastei e sorri olhando em seus olhos.

– Eu te amo... muito. – sussurrei depois do beijo ofegante. 

– Eu te amo mais. Pode ter certeza. – Sorriu de canto e acho que fui para a lua e voltei no mesmo momento. – Tudo isso graças a Demi. 

Ri lembrando da minha melhor amiga. “Obrigada Demi” pensei. 

– Agora vai ser apenas você e eu. Eu te prometo princesa. 

“Depois de algum tempo, você aprende a diferença - a sutil diferença - entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante. Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos. E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. Descobre que se levam anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. Que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não parará para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.Portanto... Plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.E você aprende que realmente pode suportar e que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. – William Shakespeare.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Before the Storm - “As long as you love me: part 1”.


SábadoEu estava precisando deste dia. Mesmo. E lá estava eu, na casa de Demi. Ao invés de fazermos o trabalho de matemática, estávamos jogando conversa fora sobre coisas desnecessárias. (como sempre;).

– Mas... como foi ontem? fiquei sabendo por um pássaro que um gatinho loirinho passou por sua casa.

– E esse pássaro não seria você mesma? eu sei que foi você, boba. – Ataquei uma almofada na cara de Demi e cai na gargalhada.

– Idiota! você me paga, Bieber. Me paga.

– Agora me diz: porque você o ajudou? você sabe que eu quero distância.

– Sei a sua distância... mas me conta os detalhes: rolou bitoquinhas?

Eu acabei rindo com a expressão de Demi ao falar “bitoquinhas”.

– Se eu contar o que aconteceu, você pira.

Por mais que eu estivesse brincando com isso, estava me sentindo muito envergonhada.

– Ok, vocês coisaram?– Coisaram? fala iguar ser humano, Demi.

– Você entendeu.

– Não sei... – Ri da sua cara de brava. – Pouco curiosa você, hein.

[...]

Havia se passo um mês. Um mês. Não só um mês que eu estava aqui, e sim, um mês que conheci a anta da Demi, conheci Gabe (que por acaso, estava sumido), e conheci o otário. É, o Justin. Havia se passado um mês depois daquela tarde. Eu me sentia envergonhada, suja e otária por deixar acontecer isso. Não achava que era com a pessoa certa. Mas como eu disse naquela tarde; vamos curtir o momento.

Bom, eu e Justin nos encontrávamos sempre. Ás escondidas. Por conta do meu pai, sempre. Neste tempo, fizemos piqueniques, fomos ao cinema, fomos a sacada aonde dava para ver New York toda. Mesmo, era lindo a paisagem.

Agora estava eu e Justin sentados. Ou melhor... Justin estava me esmagando, pois estava em cima de mim. Dã.
– Justin, vamos sair. Não quero ficar aqui com você, gordo.

– Qual é, está tão bom aqui.

– Claro, é você que está em cima de mim.

Justin deu aquela risada gostosa e eu sabia que ele tinha pensando merda.

– Se quiser posso fazer outras coisinhas também...

– Cala a boca Justin idiota, Tish e o outro idiota está aqui.

– Ele é legal, fala nada. E mais que fazermos isso com a empregada no quarto do lado e ela não percebeu. – Sorriu e partiu para cima de mim novamente.

Justin sabia mesmo como me deixar sem graça e toda boba.

Isso foi estranho. Mas é a real.

Justin ficou me encarando com aquele sorriso torto. Estava dividida de olhar para seus lábios ou seus olhos. Seus olhos... hipnotizava qualquer uma.

– São meus olhos, não é? – Gargalhou e pegou minhas canetinhas que eu costumo usar para desenhar.

Qual é, super legal.

– Como você sabe?  Riu mais ainda e me puxou para sentar em seu colo. Quer dizer, não, você... ARGH.

– Está bem! já entendi que meus olhos te deixam louquinha.

– Cala a boca.

– Vem calar, Miles.

Miles” ninguém me chamava por esse apelido, apenas ele. E eu me derretia toda.

Me inclinei em seu colo e beijei a ponta do seu nariz.

– Nariz não fala, tá Miley?

 Eu sei, tá Justin? – Ri o imitando. – E alias, o que você está fazendo com minhas preciosas canetinhas de desenhar?

– Não te interessa. Agora vira um pouco a cabeça.

Apenas assenti e deitei minha cabeça em seu ombro. Assim sentindo a canetinha deslizar por meu pescoço. Justin estava escrevendo algo.

– Pronto.

– O que você fez?

– “You are so sexy”.

– Hã?

– Eu escrevi isso no seu pescoço, lerda.

– Bobo, eu não sou sexy.

– É, e muito sexy.

Afundei mais minha cabeça em seu ombro. Tímida. Eu era muito tímida quando me faziam elogios. Esses tipos de elogio...

– Vem cá, me dá seu braço.

Justin estendeu seu braço forte em minha direção e comecei a escrever no mesmo.

– “I love you? – Perguntou. Sorrindo logo em seguida. – Eu sei. Todas as mulheres me amam.

– Cala a boca, idiota.

– Acho que perdi a conta de quantas vezes você já me mandou calar a boca... só hoje.

Ri. Pois é.

Justin, então, começou com o passeio pelo meu corpo. Começando por minhas coxas, assim passando por minha barriga, meu bumbum e subindo até meus seios.

– Ah... Justin.

– Porque você está me evitando? sei que precisa disso tanto quanto eu.

– Não é questão de evitar. A questão é que meu pai chega daqui a pouco.

Justin passou as mãos por seus cabelos. Talvez, nervoso?

– Eu não quero ficar mais assim com você... desse jeito.

– Como assim?

– Escondido. – Apertou suas mãos em meu bumbum me fazendo arfar.

– E você acha que eu também não quero, Justin? eu odeio isso. Eu tentei me controlar, resistir a isso, tentei. Juro que tentei. Mas não deu. – Deitei minha cabeça no ombro de Justin. Logo sentindo suas mãos acariciarem meus cabelos. – Eu tenho medo que meu pai faça algo com você.

– Ele não vai fazer nada comigo. Fica tranquila.

– Ainda não me convenceu. – O encarei.

– Confia em mim? – Sorriu. Ah não...

Aquele sorriso me fez pular do chão até a lua e voltar no mesmo segundo.

– Confio.

Justin me abraçou. Assim fazendo uma trilha de beijos em meu pescoço.

[...]


Fazia um tempo que Justin tinha ido embora. Meu pai tinha chego agora de pouco e eu estava tensa de falar com ele. Medo de ele poder descobrir.

– Miley... – Meu pai abriu a porta do quarto. – Como foi seu dia?

– Bom. Muito bom. – Não evitei em sorrir.

– Ótimo.

Steve me encarou por um segundo e sua expressão foi ficando séria. Aquelas bem sinistras.

– O que foi, pai?

– O que é isso no seu pescoço? – Pegou em meu pescoço e leu o que Justin tinha escrito ali.

Por um segundo congelei e tive medo de Steve.

– N-nada.

Steve abriu a boca para retrucar mas fechou quando ouviu Tish falando que tinha alguém o esperando no portão principal. Um dia vou me ajoelhar aos pés da minha empregada e agradece-la.

Me joguei na cama e olhei em direção o jardim. Lá estava meu pai e... Justin.

MAS, MAS O QUE O JUSTIN ESTAVA FAZENDO AQUI? ele só pode estar maluco.

Fiquei observando e ouvindo o que eles falavam.

– O que faz aqui, garoto? – meu pai disse tentando ser gentil. O que não deu certo.

– Vim pedir a permissão para namorar sua filha. – Justin passou as mãos pelos cabelos e voltou a encarar meu pai.

– Ouça, garoto. Minha filha é tudo para mim. Ela precisa de mim tanto quanto eu preciso dela. Digo, um dia eu preciso deixá-la ir. Mas quando eu deixar, ela precisa estar com um homem, não com um garoto, que é o que você é. – Tirou os óculos escuros e encarou o Justin mortalmente.

– Eu a amo.

– Tenho certeza que você ama. Eu conheço o tipo de garoto que você é. Eu costumava ser a mesma coisa. Isso significa que um dia você irá deixá-la por uma outra pessoa, e partir o coração dela.

– Você não nos conhece.

– Eu não quero conhecer. Não quero conhecer você. Você precisa entrar no seu carro, sair e não voltar. Porque se você voltar, não será bom para você.

– O que você faria? – Justin encarou a janela de meu quarto, me viu ali e sorriu de canto.

– Eu pegaria a estrada.

Assim meu pai entrou para dentro dos portões e me encarou na sacada mortalmente. Justin entrou em sua Ferrari branca e saiu cantando pneus.

– Eu não quero que você saia deste quarto até amanhã ou depois... Vou pensar. Não quero você falando no celular com ninguém, principalmente com aquele garoto.

– Você acha que é quem para me trancar aqui dentro?

– Seu pai. – Fechou a porta me deixando sozinha naquele quarto.

Por isso eu fui tão dura, fria no começo. Eu não queria que isso acontecesse. E olha agora aonde estamos... Eu abraçada com minhas pernas e as lágrimas.

Como eu consegui me apegar com uma pessoa em apenas três ou mais meses? como? eu deveria ter evitado, deveria. Mas sei que sempre fui fraca nessas partes. Eu fui me apaixonando de uma forma que eu mesma não sei explicar. E agora nós vamos se encontrar novamente? algum dia... ninguém sabe.
Eu estava com medo. Medo de nunca mais vê-lo, de nunca mais poder beija-lo, de nunca mais escutar sua risada gostosa e seus olhares misteriosos.

O que martelava na minha cabeça era: será que ele vai desistir de mim?

Eu não sei...


Eu queria ser forte o suficiente para levantar, não só um, mas nós dois.
Um dia, eu serei forte o suficiente para levantar, não só um, mas nós dois.