segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Before the Storm - “As long as you love me: part 1”.


SábadoEu estava precisando deste dia. Mesmo. E lá estava eu, na casa de Demi. Ao invés de fazermos o trabalho de matemática, estávamos jogando conversa fora sobre coisas desnecessárias. (como sempre;).

– Mas... como foi ontem? fiquei sabendo por um pássaro que um gatinho loirinho passou por sua casa.

– E esse pássaro não seria você mesma? eu sei que foi você, boba. – Ataquei uma almofada na cara de Demi e cai na gargalhada.

– Idiota! você me paga, Bieber. Me paga.

– Agora me diz: porque você o ajudou? você sabe que eu quero distância.

– Sei a sua distância... mas me conta os detalhes: rolou bitoquinhas?

Eu acabei rindo com a expressão de Demi ao falar “bitoquinhas”.

– Se eu contar o que aconteceu, você pira.

Por mais que eu estivesse brincando com isso, estava me sentindo muito envergonhada.

– Ok, vocês coisaram?– Coisaram? fala iguar ser humano, Demi.

– Você entendeu.

– Não sei... – Ri da sua cara de brava. – Pouco curiosa você, hein.

[...]

Havia se passo um mês. Um mês. Não só um mês que eu estava aqui, e sim, um mês que conheci a anta da Demi, conheci Gabe (que por acaso, estava sumido), e conheci o otário. É, o Justin. Havia se passado um mês depois daquela tarde. Eu me sentia envergonhada, suja e otária por deixar acontecer isso. Não achava que era com a pessoa certa. Mas como eu disse naquela tarde; vamos curtir o momento.

Bom, eu e Justin nos encontrávamos sempre. Ás escondidas. Por conta do meu pai, sempre. Neste tempo, fizemos piqueniques, fomos ao cinema, fomos a sacada aonde dava para ver New York toda. Mesmo, era lindo a paisagem.

Agora estava eu e Justin sentados. Ou melhor... Justin estava me esmagando, pois estava em cima de mim. Dã.
– Justin, vamos sair. Não quero ficar aqui com você, gordo.

– Qual é, está tão bom aqui.

– Claro, é você que está em cima de mim.

Justin deu aquela risada gostosa e eu sabia que ele tinha pensando merda.

– Se quiser posso fazer outras coisinhas também...

– Cala a boca Justin idiota, Tish e o outro idiota está aqui.

– Ele é legal, fala nada. E mais que fazermos isso com a empregada no quarto do lado e ela não percebeu. – Sorriu e partiu para cima de mim novamente.

Justin sabia mesmo como me deixar sem graça e toda boba.

Isso foi estranho. Mas é a real.

Justin ficou me encarando com aquele sorriso torto. Estava dividida de olhar para seus lábios ou seus olhos. Seus olhos... hipnotizava qualquer uma.

– São meus olhos, não é? – Gargalhou e pegou minhas canetinhas que eu costumo usar para desenhar.

Qual é, super legal.

– Como você sabe?  Riu mais ainda e me puxou para sentar em seu colo. Quer dizer, não, você... ARGH.

– Está bem! já entendi que meus olhos te deixam louquinha.

– Cala a boca.

– Vem calar, Miles.

Miles” ninguém me chamava por esse apelido, apenas ele. E eu me derretia toda.

Me inclinei em seu colo e beijei a ponta do seu nariz.

– Nariz não fala, tá Miley?

 Eu sei, tá Justin? – Ri o imitando. – E alias, o que você está fazendo com minhas preciosas canetinhas de desenhar?

– Não te interessa. Agora vira um pouco a cabeça.

Apenas assenti e deitei minha cabeça em seu ombro. Assim sentindo a canetinha deslizar por meu pescoço. Justin estava escrevendo algo.

– Pronto.

– O que você fez?

– “You are so sexy”.

– Hã?

– Eu escrevi isso no seu pescoço, lerda.

– Bobo, eu não sou sexy.

– É, e muito sexy.

Afundei mais minha cabeça em seu ombro. Tímida. Eu era muito tímida quando me faziam elogios. Esses tipos de elogio...

– Vem cá, me dá seu braço.

Justin estendeu seu braço forte em minha direção e comecei a escrever no mesmo.

– “I love you? – Perguntou. Sorrindo logo em seguida. – Eu sei. Todas as mulheres me amam.

– Cala a boca, idiota.

– Acho que perdi a conta de quantas vezes você já me mandou calar a boca... só hoje.

Ri. Pois é.

Justin, então, começou com o passeio pelo meu corpo. Começando por minhas coxas, assim passando por minha barriga, meu bumbum e subindo até meus seios.

– Ah... Justin.

– Porque você está me evitando? sei que precisa disso tanto quanto eu.

– Não é questão de evitar. A questão é que meu pai chega daqui a pouco.

Justin passou as mãos por seus cabelos. Talvez, nervoso?

– Eu não quero ficar mais assim com você... desse jeito.

– Como assim?

– Escondido. – Apertou suas mãos em meu bumbum me fazendo arfar.

– E você acha que eu também não quero, Justin? eu odeio isso. Eu tentei me controlar, resistir a isso, tentei. Juro que tentei. Mas não deu. – Deitei minha cabeça no ombro de Justin. Logo sentindo suas mãos acariciarem meus cabelos. – Eu tenho medo que meu pai faça algo com você.

– Ele não vai fazer nada comigo. Fica tranquila.

– Ainda não me convenceu. – O encarei.

– Confia em mim? – Sorriu. Ah não...

Aquele sorriso me fez pular do chão até a lua e voltar no mesmo segundo.

– Confio.

Justin me abraçou. Assim fazendo uma trilha de beijos em meu pescoço.

[...]


Fazia um tempo que Justin tinha ido embora. Meu pai tinha chego agora de pouco e eu estava tensa de falar com ele. Medo de ele poder descobrir.

– Miley... – Meu pai abriu a porta do quarto. – Como foi seu dia?

– Bom. Muito bom. – Não evitei em sorrir.

– Ótimo.

Steve me encarou por um segundo e sua expressão foi ficando séria. Aquelas bem sinistras.

– O que foi, pai?

– O que é isso no seu pescoço? – Pegou em meu pescoço e leu o que Justin tinha escrito ali.

Por um segundo congelei e tive medo de Steve.

– N-nada.

Steve abriu a boca para retrucar mas fechou quando ouviu Tish falando que tinha alguém o esperando no portão principal. Um dia vou me ajoelhar aos pés da minha empregada e agradece-la.

Me joguei na cama e olhei em direção o jardim. Lá estava meu pai e... Justin.

MAS, MAS O QUE O JUSTIN ESTAVA FAZENDO AQUI? ele só pode estar maluco.

Fiquei observando e ouvindo o que eles falavam.

– O que faz aqui, garoto? – meu pai disse tentando ser gentil. O que não deu certo.

– Vim pedir a permissão para namorar sua filha. – Justin passou as mãos pelos cabelos e voltou a encarar meu pai.

– Ouça, garoto. Minha filha é tudo para mim. Ela precisa de mim tanto quanto eu preciso dela. Digo, um dia eu preciso deixá-la ir. Mas quando eu deixar, ela precisa estar com um homem, não com um garoto, que é o que você é. – Tirou os óculos escuros e encarou o Justin mortalmente.

– Eu a amo.

– Tenho certeza que você ama. Eu conheço o tipo de garoto que você é. Eu costumava ser a mesma coisa. Isso significa que um dia você irá deixá-la por uma outra pessoa, e partir o coração dela.

– Você não nos conhece.

– Eu não quero conhecer. Não quero conhecer você. Você precisa entrar no seu carro, sair e não voltar. Porque se você voltar, não será bom para você.

– O que você faria? – Justin encarou a janela de meu quarto, me viu ali e sorriu de canto.

– Eu pegaria a estrada.

Assim meu pai entrou para dentro dos portões e me encarou na sacada mortalmente. Justin entrou em sua Ferrari branca e saiu cantando pneus.

– Eu não quero que você saia deste quarto até amanhã ou depois... Vou pensar. Não quero você falando no celular com ninguém, principalmente com aquele garoto.

– Você acha que é quem para me trancar aqui dentro?

– Seu pai. – Fechou a porta me deixando sozinha naquele quarto.

Por isso eu fui tão dura, fria no começo. Eu não queria que isso acontecesse. E olha agora aonde estamos... Eu abraçada com minhas pernas e as lágrimas.

Como eu consegui me apegar com uma pessoa em apenas três ou mais meses? como? eu deveria ter evitado, deveria. Mas sei que sempre fui fraca nessas partes. Eu fui me apaixonando de uma forma que eu mesma não sei explicar. E agora nós vamos se encontrar novamente? algum dia... ninguém sabe.
Eu estava com medo. Medo de nunca mais vê-lo, de nunca mais poder beija-lo, de nunca mais escutar sua risada gostosa e seus olhares misteriosos.

O que martelava na minha cabeça era: será que ele vai desistir de mim?

Eu não sei...


Eu queria ser forte o suficiente para levantar, não só um, mas nós dois.
Um dia, eu serei forte o suficiente para levantar, não só um, mas nós dois.